Casa dos Espíritas - Lins (SP)
"Oferecendo o estudo, o ensino, a prática, e a divulgação do Espiritismo, com a assistência integral ao ser Humano".
sábado, 30 de maio de 2020
terça-feira, 17 de março de 2020
Comunicado aos frequentadores
As nossas palestras públicas das sextas-feiras (20h) e dos domingos (9h)
estão sendo transmitidas através do nosso canal Casa dos Espíritas, no Youtube.
Para acessar e assistir digite no seu navegador (Chrome/Firefox/outros)
este endereço:
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Caso queira receber avisos do youtube do início de nossas transmissões,
siga as instruções abaixo:
- Abra uma conta no youtube com o seu e-mail e senha;
- Ao colocar o nosso endereço no youtube, clique no vídeo que pretende
assistir.
- Você notará abaixo do lado direito um pequeno retângulo em vermelho
inscrito nele INSCREVER-SE. Clique neste botão e depois ele mudará para
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- Você notará que tem um sininho do lado e ao dar um clique nele aparecerá
outros três sininhos escrito à frente: “Todas”, “Personalizadas” e “Nenhuma”.
- Ao clicar em “Todas”, você passará a receber uma informação do youtube
(via email) de que estamos iniciando uma nova transmissão ao vivo.
Este procedimento poderá ser feito em seu computador ou no celular.
Agradecemos pela compreensão e que Deus Nosso Pai e Jesus Nosso Mestre e
Irmão Maior nos abençoe a todos nós neste momento.
A Diretoria
Casa dos Espíritas - Lins (SP)
quarta-feira, 11 de março de 2020
domingo, 31 de março de 2019
Conflito existencial: ser pessoa
Assisti,
em um programa de televisão, um psicólogo lidando com a problemática entre a
mãe e a filha de dezesseis anos.
O
comportamento da mãe, revelado por sua postura e por suas palavras era da filha
que foi certinha e boazinha, acatando sempre, ou quase sempre, as ordens do pai
e da mãe. Também na escola fora das melhores alunas. Em sociedade procurara
pautar a sua vida de forma correta, como estabelecido pelos padrões culturais e
de mídia da época.
A
filha mostrou-se contestadora da mãe e rebelde, relativamente a padrões
impostos pela sociedade do que seja a menina “boazinha”, boa filha, estudiosa e
obediente à mamãe e ao papai. Usava “piercing”, para contrariar a mãe,
vestia-se de forma a ser diferente do padrão usual e dizia que queria ser livre
e fazer o que quisesse, desde que não prejudicasse ninguém.
Intermediando
o confronto, através dos argumentos, entre mãe e filha, o psicólogo não
julgava, através de valores, quem estava certa ou mais certa: a filha ou a mãe.
No
decorrer dos diálogos percebi que, em verdade, as duas estavam sofrendo muito.
A
mãe no desespero de querer uma filha “certinha” como ela fora.
A
filha querendo, com a sua atitude “rebelde” mostrar para a mãe como ela fora
omissa, até a sua atual idade, no relacionamento com ela, querendo cumprir
apenas o seu ritual papel de mãe.
As
duas não estavam querendo “fazer mal” uma a outra, mas não estavam se entendo,
por falta de “intimidade”.
Cada
uma tinha os seus motivos conscientes e muito mais “inconscientes” da maneira
como se comportavam.
Para
a mãe o psicólogo procurou mostrar como ela, não intencionalmente, no seu papel
formal de mãe não conseguira “enxergar” a filha como uma “pessoa”.
À
filha procurou conscientizá-la de que não era apenas sendo “diferente” para
agredir a mãe que ela seria reconhecida como uma “pessoa”.
Claro
que a questão entre as duas não era de fácil solução, nem de solução pronta.
Cabe,
para as duas a terapia psicológica individual e, mesmo a familiar, para que
possam sair dos “efeitos emocionais e sentimentais” e atingirem a raiz dos
conflitos íntimos vividos por elas e também os conflitos da convivência.
Sob
outro ângulo o conhecimento da realidade espiritual também as ajudaria muito,
pois também nessas situações encontramos o reflexo de dramas originados em
encarnações passadas.
Nestas
breves reflexões não vou, nem poderia adentrar a dramaticidade da situação e o
caminho para solução do conflito.
Quero,
apenas, refletir sobre o ponto que se constituiu fundamental no interessante
diálogo e na “terapia brevíssima”: – “ser pessoa”.
Alerta-nos
o psicólogo espírita Adenauer Novaes: “Qualquer pessoa tem o direito de ser
feliz e de mudar o seu próprio destino sem que para isso tenha que se tornar inconsequente.
Tanto a rigidez da personalidade quanto a excessiva liberdade prejudicam sua felicidade...
Tornar-se
uma pessoa feliz é uma proposta que deve levar o indivíduo ao encontro de si
mesmo, de sua essência mais íntima.
Uma
pessoa necessariamente não é alguém que tem títulos, conhecimentos
intelectuais, coisas ou goze de certo prestígio. É alguém que sabe ser gente,
quando apenas isso é o necessário.
Seja
feliz sendo uma pessoa. Apenas uma pessoa. Um ser que está no mundo para viver
nele, como alguém que se sente intimamente ligado às pessoas, ao Universo e a Deus.”
(Felicidade sem Culpa, Capítulo Psicologia da Pessoa)
Ser
pessoa é estar no mundo aqui e agora, mas estar, também, no Universo, no tempo
da Eternidade.
Seja
pessoa, - você é uma criatura de Deus.
Aylton Paiva
Aylton Paiva é estudioso
da Doutrina Espírita para sua aplicação na pessoa e na sociedade (www.ayltonpaiva.blogspot.com).
domingo, 24 de março de 2019
Desperta (Sobre o tempo)
Desperta, ó tu que dormes,
levanta-te dentre os mortos e Cristo te iluminará. Andai prudentemente, não
como néscios e, sim, como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus. Não
vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual é a vontade do Senhor.
(Epístola aos Efésios, 5:14-17)
Considerando o tempo como
o grande tesouro que Deus nos oferece em favor de nossa evolução, onde
estivermos poderemos adquirir valiosos patrimônios de experiência e
conhecimento, virtude e sabedoria, se não deixarmos que se escoem os minutos,
as horas, os dias, os anos, mergulhados no sonambulismo que caracteriza tanta
gente, que dorme o sono da indiferença, sob o embalo da ilusão.
O século marca,
extrinsecamente, o período de uma vida, valioso patrimônio que Deus nos oferece
para experiências evolutivas na Terra.
Mas o valor intrínseco,
real do século dependerá do que fizermos dos três bilhões, cento e cinquenta e
três milhões e seiscentos mil segundos que o compõem.
A bondade, o amor, a
ternura, a mansuetude, a humildade, a compreensão, a paciência, a fé, são
valores que “compramos” à custa de dedicação,
renúncia, sacrifício, esforço, mas são inalienáveis, jamais os perderemos,
habilitando-nos à alegria e à paz onde estivermos,
vivendo em plenitude.
Todavia, se não fizermos
bom uso do tempo, um século poderá representar para nós mera semeadura de
inconsequência e vício, rebeldia e desatino, com colheita obrigatória de
sofrimentos e perturbações. Imperioso, portanto, que aproveitemos as horas.
Podemos começar com o que
há de errado em nós.
O vício, por exemplo, não
representa apenas perda, mas, sobretudo, comprometimento do tempo, com
repercussões negativas para o futuro.
Quantos minutos perde o
fumante, por ano, no ritual das baforadas de nicotina? Quantas horas precisa
trabalhar para alimentar o vício e pagar o tratamento de moléstias que decorrem
dele? Quantos dias abreviará de sua existência por comprometer a estabilidade
orgânica? Quantos anos sofrerá depois, com os desajustes espirituais
correspondentes?
E o maledicente, quantos
minutos perde diariamente, divagando sobre aspectos menos edificantes do
comportamento alheio? E quantas existências
gastará depois, às voltas com males que, a custa de enxergar nos outros,
sedimentará em si mesmo?
O propósito de vencer um
vício, a contenção da língua, a disciplina da palavra e das emoções, os ensaios
de humildade, o treinamento da paciência, a disposição de aprender, o desejo de
servir e muito mais, devem fazer parte de nosso empenho de cada dia.
Afinal, Deus nos oferece a
bênção do Tempo para as experiências humanas, mas fatalmente receberemos um dia
a conta pelos gastos, na aferição de nossa vida, como explica Laurindo
Rabelo no notável soneto “O Tempo”.
Deus pede estrita conta do
meu tempo,
É forçoso do tempo já dar
conta;
Mas, como dar sem tempo
tanta conta,
Eu que gastei sem conta
tanto tempo!
Para ter minha conta feita
a tempo
Dado me foi bem tempo e
não fiz nada.
Não quis sobrando tempo
fazer conta,
Quero hoje fazer conta e
falta tempo.
O vós que tendes tempo sem
ter conta,
Não gasteis esse tempo em
passatempo:
Cuidai enquanto é tempo em
fazer conta.
Mas, ah! se os que contam
com seu tempo
Fizessem desse tempo
alguma conta,
Não choravam como eu o não
ter tempo.
Richard Simonetti
e-mail:
richardsimonetti@uol.com.br
domingo, 17 de março de 2019
A Lei da Conservação
Ricardo leia a questão nº 703 de O
Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, disse Luciano.
O Grupo Espírita de Estudos Sociais,
já estava reunido.
-
“ Com que fim outorgou Deus a todos os seres vivos o instinto de
conservação?
- Porque todos têm que concorrer para
cumprimento dos desígnios da Providência. Por isso foi que Deus lhes deu a
necessidade de viver. Acresce que a vida é necessária ao aperfeiçoamento dos
seres. Eles o sentem instintivamente, sem disso se aperceberem.”
- Como vocês observam, - comentou
Luciano, - todos os seres vivos possuem o instinto de conservação, qualquer que
seja o grau de inteligência, pois a vida é necessária ao aperfeiçoamento dos
seres.
O existir e o aperfeiçoar-se através
do desenvolvimento de suas potencialidades são forças inerentes aos seres, pois
atendem aos reclamos da Lei da Evolução.
- Mas em nome do instinto de conservação
teria o ser humano o direito de avançar sobre a natureza, extinguindo com
espécies vegetais e animais, como está ocorrendo na atualidade? – questionou
Edvaldo.
- Não! De forma alguma, redargüiu
Luciano. Observamos na questão 704 da obra que estamos estudando, o seguinte: “Tendo
dado ao homem a necessidade de viver, Deus lhe facultou, em todos os tempos, os
meios de conseguir e se ele os não encontra, é que não os compreende. Não fora
possível que Deus criasse para o homem a necessidade de viver, sem lhe dar os
meios de consegui-lo. Essa a razão por que faz que a Terra produza de modo a
proporcionar o necessário aos que a habitam, visto que só o necessário é útil.
O supérfluo nunca o é.”
A Terra produz de modo a proporcionar
o necessário aos que a habitam não há, pois necessidade de destruir a natureza.
O que encontramos aí é a ganância daqueles que colocam os seus interesses
pessoais, os seus lucros acima do bem da coletividade e do próprio equilíbrio
planetário.
- É mesmo, adiantou Narcisa, - Nos
dias atuais, há paises que não desistem de lançar toneladas de gases poluidores
da atmosfera e detritos industriais que contaminam os rios, lagos e os oceanos,
sob a justificativa do progresso e da necessidade de gerar empregos. Em
verdade, com suas leis, esses países estão protegendo os grandes conglomerados
empresariais que visam exclusivamente o lucro.
- Você tem razão, - atalhou Luciano, -
ao lado da abundância, do supérfluo, falta o necessário à massa humana dos
marginalizados na sociedade. Nela encontramos a carência, a doença, a falta de
habitação, a escassez de vestuário, a ausência de instrução e o trabalho
humano. Essa massa contrasta com a minoria que detém o poder econômico. Tal é a
situação em muitas partes do planeta, no chamado Terceiro Mundo. O Brasil
também apresenta esse aspecto social, na periferia dos grandes centros urbanos
e nas regiões socioeconômicas menos desenvolvidas.
- Então a escassez não está na
Natureza? Interrogou Lúcia.
- Se você me permite, Lúcia, eu penso
que embora a civilização amplie as necessidades, ela também aumenta as fontes
de trabalho e os meios de viver. A Ciência e a Tecnologia vêm aumentando
progressivamente a produção dos bens e à medida que se aplique a justiça social
a ninguém faltará o necessário.
- É mesmo, Darci, você como economista
e espírita estuda e entende muito bem esse assunto.
- Darci tem razão, - aditou Luciano.
Esclarece o Espiritismo que para todos há um lugar ao sol, mas com a condição
de que cada um ocupe o seu lugar e não o dos outros.
A Natureza não pode ser responsável
pelos defeitos da organização social, nem pelos efeitos da ambição e do
egoísmo.
Finalizemos com a afirmação dos
Mentores Espirituais: “O uso dos bens da terra é um direito de todos. Esse
direito é conseqüente da necessidade de viver. “ (Questão nº 711 de O Livro dos
Espíritos, de Allan Kardec )
A preservação e o uso dos bens da
Terra são direitos de todos os homens, conforme os princípios mais avançados da
Justiça e do Amor, que já começam a ser consagrados em leis e já eram expressos
pela Doutrina Espírita.
Na consolidação e aplicação desses
direitos estejam atentas as forças do bem e a elas ofereçamos as nossas
possibilidades de atuação.
- Puxa, depois dessa, Luciano, vamos
ficar por aqui, pois há muito o que pensar e uma vastidão para agir.
-
Assim seja, - disse Luciano – sorrindo e encerrando a reunião.
Aylton Paiva
Aylton Paiva é estudioso
da Doutrina Espírita para sua aplicação na pessoa e na sociedade (www.ayltonpaiva.blogspot.com).
domingo, 10 de março de 2019
Medicina pioneira
Ah!... doutor!... Eu
queria tanto ter saúde, a fim de ser um pouquinho feliz!... — suspirava aquela
senhora que se habituara a percorrer os consultórios médicos, presa de
distúrbios diversos.
— Minha filha — responde
bondosamente o experiente facultativo —, este é o erro de toda gente, porque
não se trata de procurarmos ter saúde para ser feliz, e sim de procurarmos ser
felizes para ter saúde. Somente as pessoas em paz com a vida, que guardam em
seus corações a euforia de viver, é que desfrutam do equilíbrio físico e mental
que todos almejamos.
— Mas doutor!... como
manter a euforia de viver se a cada instante sou contrariada por aqueles que me
rodeiam? Como sentir-me em paz com a existência se nunca alcancei a plena satisfação
de tudo aquilo com que sempre sonhei? É impossível ensaiar sorrisos, se pisamos
espinhos!...
— Você não sabe o que é
felicidade. Julga que ser feliz é ver atendidos todos os seus desejos e
necessidades. Mas, ainda que isso acontecesse, continuaria infeliz, porque
novos desejos e novas necessidades surgiriam. Quando nos acostumamos a pensar
muito em nosso bem-estar, tornamo-nos insaciáveis.
A felicidade não é
nenhuma oferta gratuita da vida. Ser feliz é uma verdadeira arte a exigir, como
todas as artes, muito esforço e dedicação para que a dominemos. Raros o
conseguem porque os homens ainda se portam como crianças acostumadas a bater os
pés e reclamar, em altas vozes, quando não lhes dão o brinquedo desejado.
— Vejo — interrompe a
cliente — que o senhor me situa nesse rol de crianças! Bem... Talvez ele tenha
razão... E se for, como proceder para tornar-me adulta? Diga-me também o que
revela a maturidade no indivíduo.
— É simples — explica o
médico. — O nosso crescimento mental começa quando aprendemos a olhar para
dentro de nós mesmos, esforçando-nos por eliminar o que há de errado em nosso
íntimo.
Se formos sinceros e
usarmos da mesma acuidade que nos permite enxergar facilmente as deficiências
alheias, acabaremos por identificar o mal maior de nossa personalidade, o
grande culpado de nossa infelicidade. Chama-se egoísmo — sentimento
desajustante que nos faz pensar muito em nós mesmos, com total esquecimento dos
outros; que faz exijamos respeito, afeto, compreensão, sem nunca oferecê-los a
ninguém...
A partir do instante em
que, sentindo o imenso prejuízo que o egoísmo nos dá, nos esforçamos por
eliminá-lo, começamos a ser adultos.
E o homem adulto —
aquele que sabe ser feliz — é o que tem plena consciência de suas
responsabilidades diante da vida e da sociedade em que vive, observando-as
integralmente...
É o que jamais cogita em
edificar um oásis particular, isolado do sofrimento e da miséria alheios, pois
compreende que a solidariedade é um dever elementar, indispensável à edificação
da paz no mundo, e à preservação da paz na consciência...
É, enfim, o que observa,
plenamente, o velho ensinamento da sabedoria oriental: “Quando nasceste, todos
sorriam e só tu choravas. Procura viver de forma que, quando morreres, todos
chorem e só tu sorrias!”
***
Esta entrevista
hipotética define bem o esforço pioneiro de alguns médicos esclarecidos,
conscientes de que muito mais eficiente que prescrever medicamentos para o
corpo é cuidar do espírito.
Os pacientes deixam seus
consultórios com interessantes receitas: integrar-se em instituições de
assistência social; participar de campanhas que visem ao bem-estar da
coletividade; recolher livros ou discos para hospitais e prisões; angariar
fundos para instituições socorristas; visitar doentes; atender necessitados;
adotar órfãos.
Estes médicos colocam em
prática as lições inesquecíveis de Jesus, que há dois mil anos já ensinava que
a fórmula mágica do equilíbrio e da alegria é fazermos ao nosso semelhante o
bem que desejaríamos nos fosse feito.
Richard Simonetti
e-mail:
richardsimonetti@uol.com.br
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